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Crítica | O Assistente de Vampiro

Cirque du Freak é um circo itinerante de excentricidades existente há mais de 500 anos. A atração conta com gigantes, anões, mulheres barbadas, além é claro de vampiros e lobisomens. Oriundo da série de livros escritos por Darren Shan e condensados em um longa metragem, O Assistente de Vampiro contém inúmeros e graves problemas de tom, ritmo e coerência narrativas.

A história gira em torno de Darren (Chris Massoglia) e Steve (Josh Hutcherson), amigos que visitam o circo e se envolvem em uma espiral de situações que culminam na transformação de Darren em vampiro e de Steve em seu arqui-inimigo. Ok, isto é telegrafado nos primeiros vinte minutos, então não estou entregando muita coisa. Aliás, este antagonismo que irá surgir entre melhores amigos é um dos poucos pontos interessantes na adaptação.

Boa parte do insucesso deve-se ao diretor Paul Weitz – irmão de Chris Weitz que, coincidentemente, dirigiu outra adaptação (ruim) de vampiros, Lua Nova – que não sabe se está comandando um terror, uma comédia, ou apenas algo bastante desagradável. Produto mais adequado para alguém como Tim Burton, a decisão de mostrar uma aranha mesclada ao sangue de Darren não leva a nada e sequer justifica a atração do jovem por aranhas, algo que permanece inexplicado.

Investindo em um humor baixo, Weitz insiste em exibir um lobisomem se coçando para arrancar risos fáceis. Ele não se saí melhor nas cenas de briga, terrivelmente mal montadas e dirigidas com ares de infantilidade. Piora quando Weitz aposta em enquadramentos com excesso de closes e perda de foco. Ao menos, ele se saí melhor, pontualmente, ao ilustrar os movimentos de Octa com uma câmera livre e fluida.

Falhando também nas referências, Harkat e os demais de sua espécie parecem Gollum e o misterioso Mr. Tiny um Fester Adams piorado. O roteiro de Brian Helgeland e Paul Weitz é apressado demais saltando de situação a outra sem cuidado de fecho, e isto é notório na súbita decisão de Darren de virar vampiro e morrer para a vida normal e, óbvio, no final – aliás, que final? – que sequer serve para encerrar apropriadamente a narrativa.

Destacando-se positivamente ao menos a maquiagem, o mesmo não posso dizer do gás que nocauteia humanos ou dos borrões que se tornam os vampiros quando correm. Elementos diversos que servem apenas para sepultar esta insípida adaptação.

Avaliação: 2 estrelas em 5.

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