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Lista | Os Melhores Atores de 2016

Os Melhores Atores de 2016

Nos itens seguintes, as melhores atuações masculinas em filmes inéditos, exibidos comercialmente no Brasil, nos cinemas, em 2016. Estão de fora, as exibições exclusivas em festivais e lançamentos inéditos, mas nas plataformes de vídeo por demanda (Netflix, iTunes, Now etc).

10- Hugh Grant, “Florence – Quem é essa Mulher?”

Contracenar com Meryl Streep potencializa o melhor em cada ator/atriz e também lança uma sombra sobre sua performance. Mas com Hugh Grant não foi bem assim: conhecido por papéis cômicos, o ator aqui reintroduz o cafajetismo cínico e sarcástico costumeiramente presentes nos seus trabalhos, mas acrescido de uma ponta de admiração e afeto pela protagonista que tornam seu sentimento por ela tão complexo quanto é recompensador.

9- Matheus Nachtergaele, “Big Jato”

Interpretando irmãos gêmeos diametralmente opostos – um caminhoneiro ríspido e um radialista farrista -, Matheus Nachtergaele, um dos melhores atores brasileiros em atividade, recorre à simplicidade, que é normalmente a melhor opção, para destacar as diferenças existentes entre aqueles homens, mas também aquilo que mantêm em comum, apesar de não vocalizarem: o amor pelo adolescente Francisco, filho e sobrinho.

8- Christian Bale, “A Grande Aposta”

A personalidade de um milionário analista financeiro de Wall Street é retratada por Christian Bale com a loucura que é conveniente de um moleque na puberdade que sentou em cima de uma fortuna e não sabe o que comprar, se uma bateria ou um novo videogame, e um, sem a menor dúvida, inteligente e vaidoso disto. E, por ser adepto d’O Método, Bale introduzir cacoetes e tiques que enriquecem o personagem.

7- Mark Ruffalo, “Spotlight – Segredos Revelados”

Na pele do jornalista que é o mais afetado, emocionalmente, pelos crimes brutais de pedofilia praticados por padres e ocultados pela Igreja Católica, Ruffalo adota uma postura curvada e antissocial, como se tivesse vergonha dos atos hediondos praticados por homens protegidos pela batina, e a implacabilidade dos jornalistas investigativos que não têm timidez alguma de empurrar quem quer que seja contra a parede para obter a verdade.

6- Leonardo DiCaprio, “O Regresso”

Subestimado pela Academia, não por seus fãs, DiCaprio veste o casaco de animais neste filme como se fosse uma extensão de sua própria personalidade, um sobrevivente de eventos brutais (o ataque de um urso, a morte de seu filho) e um predador nas florestas geladas norte-americanas em busca não apenas de vingança, mas de redenção.

5- Gunnar Jónsson, “Desajustados”

A escolha de Gunnar Jónsson para interpretar o protagonista grandalhão, introvertido e infantilizado deste estudo de personagem melancólico é uma vitória do casting, porém não há como negar a humanidade e a fragilidade, emocional e também física, que o ator introduz.

4- Teruyuki Kagawa, “Creepy”

Vilões, não há como resistir a eles, sobretudo quando exploram camadas obscuras da própria personalidade: como o ameaçador vizinho deste suspense japonês, Kagawa parece mais hostil e nefasto quanto mais tenta ser amigável, pois foge do monstro que realmente é. No entanto, desconfio que ir além disto pode estragar as boas surpresas de uma performance terrivelmente boa.

3- John Goodman, “Rua Cloverfield, 10”

Por falar em vilões, sempre associamos John Goodman a personagens bonachões e verborrágicos, e neste spin-off do universo Cloverfield, o ator apresenta uma faceta monstruosa dentro de um abrigo numa pretensa invasão alienígena. Ou talvez seja loucura, pois o maior barato da construção do personagem é imaginar quem ele é e os crimes que pode ter cometido, sem esquecer de que ele pode, ironicamente, ter razão em tanta precaução.

2- Vincent Lindon, “O Valor de um Homem”

O minimalismo interpretativo afasta o ator do personagem e aproxima-o do mundo real, do homem médio, e é o que Vincent Lindon faz com um personagem que poderia muito bem ter sido criado num roteiro dos irmãos Dardenne. Lindon não atraí holofotes, eles que vêm até ele; ele não verbaliza suas emoções, deixa-as surgirem provocadas pela situação financeira desesperadora em que se encontra. É uma daquelas atuações especiais que aprendi a admirar.

1- Viggo Mortensen, “Capitão Fantástico”

Após interpretar Aragorn na trilogia O Senhor dos Anéis, Viggo Mortensen poderia ter assumido qualquer papel que quisesse no restrito círculo de estrelas de Hollywood. A opção do ator foi o oposto do que a maioria esperaria: dedicar-se a papéis instigantes que exigissem o comprometimento, a coragem e a tenacidade – que ele tem de sobra – para criar tipos complexos, originais em sua filmografia. O patriarca de uma família alheia à sociedade capitalista poderia ser um hippie desajustado a quem não daríamos crédito, mas interpretado por Viggo, o personagem ganha a profundidade exigida para que compremos a premissa, respeitemos sua escolha e nos envolvamos emocionalmente.

Estes outros marmanjos também fizeram bonito e merecem a menção honrosa:

David Morse, “Um Homem entre Gigantes”
Gael García Bernal, “Neruda”
Guillermo Francella, “O Clã”
Kevin Spacey, “Elvis & Nixon”
James Thierrée, “Chocolate”
Michael Fassbender, “Steve Jobs”
Michael Shannon, “Elvis & Nixon”
Vincent Cassel, “É Apenas o Fim do Mundo”
Sylvester Stallone, “Creed – Nascido para Lutar”
Tom Hardy, “O Regresso”

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